O mês de julho junho foi produtivo em muitos aspectos, apesar dos poucos filmes que assisti, um a menos que no mês passado. Uma coisa que é fundamental para quem se pretende um analista de filmes é o estudo de teorias do cinema, a pesquisa e muita leitura de outras análises críticas. Mesmo assim, ainda deu pra rever alguns clássicos. E entre estudos e outras tarefas do cotidiano, foram esses os filme que assisti:
. O Homem com a Câmera (Dziga Vertov, URSS, 1929) - Vertov faz desse grande documentário uma espécie de manifesto da sua própria proposta de cinema, o Cine Olho. Excelente
. Biutiful (Alejandro González Iñárritu, ESP/MEX, 2010) - "De um modo geral, Biutiful seria um filme melhor se o protagonista não pudesse falar com pessoas mortas e se os roteiristas tivessem assumido pra si que esta é uma sensível história de um homem que necessita reorganizar sua vida, antes que venha a falecer de um câncer". Bom
. Sem Novidades no Front (Lewis Milestones, EUA, 1930) - Belíssimo, e talvez um dos primeiros filmes a denunciar o processo de alienação de uma população que sustenta a guerra. Excelente
. Marcas da Maldade (Orson Welles, EUA, 1958) - Welles faz um verdadeiro estudo de personagem com o seu detetive Quinlan. Um grande exemplar do filme noir. Excelente
. X-Men: Primeira Classe (Matthew Vaughn, EUA, 2011) - "... os mutantes do Professor X provaram mais uma vez que seus filmes continuam sendo um excelente entretenimento para adultos, mesmo quando povoado por personagens novinhos". Excelente
. Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (Gregor Verbinski, EUA, 2003) - Divertido e descomprometido, o filme é uma experiência leve justamente por não se levar tão a sério ao mesmo tempo que conta com personagens divertidos e uma trama cheia de reviravoltas envolventes. Muito bom
. Kung Fu Panda (Mark Osborne e John Steveson, EUA, 2008) - Personagens fracos e desinteressantes, o filme não cativa, mas conta com bons momentos. Bom
. Kung Fu Panda 2 (Jennifer Yuh, EUA, 2011) - Tecnicamente bom, o filme peca em sua trama fraca, piadas sem graça e repetitivas, mesmo que desta vez seja visualmente mais interessante. Irregular
. Frankenstein (James Whale, EUA, 1931) - O clássico de Whale impressiona pelos horrores de sua história, mesmo que narrativamente não seja um filme interessante. Bom
. Namorados para Sempre (Derek Cianfrance, EUA, 2010) - "... profundamente melancólico em seu ponto de vista, o longa de Cianfrance se trata de uma experiência dolorida que expõe com crueza e amargura os contrastes entre a crise que precede o final de um relacionamento e os nostálgicos instantes em que essa relação se formou". Excelente
. O Atalante (Jean Vigo, FRA, 1934) - Dotado de um realismo e linguagem modernos para a época, esta é uma grande história sobre amor e seus deliciosas personagens, que foge de quaisquer clichês já estabelecidos na década de trinta para esse gênero. Excelente
. Se Beber, Não Case: Parte II (Todd Phillips, EUA, 2011) - O filme é uma cópia barata e sem inspiração do primeiro. Irregular
. Aconteceu Naquela Noite (Frank Capra, EUA, 1934) - A incrível dinâmica do casal protagonista faz do filme de Capra uma inesquecível comédia, além de sua época, e superior a muitas comédias românticas contemporâneas. Excelente
. Quem tem Medo de Virgínia Woolf (Mike Nichols, EUA, 1966) - Nichols estreia de maneira soberba, através de um impecável roteiro que nos mostra como um casamento pode se tornar um campo de batalha, no qual a verdade pode ser a principal e cruel arma para as constantes agressões. Uma visão perturbadora sobre relacionamento. Excelente
. Psicose (Alfred Hitchcock, EUA, 1960) - O mestre Hitchcock desenvolve a paranoia e a tensão de maneira profundamente envolvente, e alcança o auge em um dos momentos mais clássicos da história da sétima arte: o choque ao espectador com a precoce e terrível morte de Marion Crane no chuveiro de um quarto do motel Bates. Sem esquecer também da genial trilha sonora de Bernard Herrmann. Excelente
. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Woody Allen, EUA, 1977) - Uma comédia incrivelmente inteligente de Woody Allen, que trata de forma hilária e ousada os diversos momentos da relação entre um humorista judeu nova-iorquino e a jovem cantora Annie Hall. Divertido ver Jeff Goldblum fazendo figuração. Excelente
. Fúria (Fritz Lang, EUA, 1936) - O primeiro sucesso de Fritz Lang em Hollywood não é nem uma grande obra como foi Metropólis, mas acaba se revelando um olhar surpreendente e crítico do cineasta sobre a nação que o acolhera. Muito bom
. Como Esquecer (Malu de Martino, BRA, 2010) - O longa trata de forma sensível e melancólica o difícil momento da personagem Júlia, abandonada por sua namorada depois de dez anos de relação. Muito bom
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