
The Circus (EUA, 1928), dirigido e escrito por Chales Chaplin, com Charlie Chaplin, Al Ernest Garcia, Merna Kennedy, Harry Crocker, George Davis e Henry Bergman.
Um dos maiores ícones da história do cinema mundial, Charles Spencer Chaplin deve boa parte de seu reconhecimento e fama ao seu mais famoso personagem, o Carlitos. Mas todo esse sucesso do carismático vagabundo não veio do acaso ou sorte, é resultado do talento inquestionável e da genialidade de seu intérprete que, com uma expressão corporal e mímica excepcionais, aliadas ao carisma do ator e ao pathos sempre bem empregado nas sentimentais comédias pastelão escrita pelo próprio, fizeram da imagem do ator, diretor, produtor, roteirista, dançarino e músico, um símbolo praticamente inseparável daquilo que chamamos de cinema. Perfeccionista ao extremo e versátil como cineasta, Chaplin fez em O Circo um belo trabalho conjunto ao escrever, dirigir e protagonizar o longa, algo que lhe rendeu um Oscar Honorário pela sua polivalência.
Focado, como de hábito, em mais uma aventura de Carlitos, O Circo conta a história da chegada do personagem a um picadeiro não muito próspero, quando este fugia da polícia após ter sido acusado de roubo. Convidado para trabalhar no lugar por conseguir extrair com naturalidade e alguns desastres as gargalhadas do público, o personagem logo se apaixona pela sofrida filha do proprietário do circo e acaba tendo que confrontar o impiedoso pai da moça.
Mesmo que conte com uma história simples e sem a presença de subtramas, o que não é estranho aos longas escritos por Chaplin, a história oferece as circunstâncias necessárias para o desenvolvimento de situações cômicas típicas de um pastelão. O roteiro, portanto, está repleto de gags hilárias muito bem construídas e, posteriormente, bem executadas e encenadas, tudo graças ao talento de Chaplin nos respectivos três momentos da produção do longa: logo, momentos como aquele em que Carlitos foge da polícia ou a seqüência final no picadeiro com os macaquinhos são exploradas comicamente ao limite - esta última sendo o auge e clímax do filme, e o ponto alto da atuação de Chales.
Casando perfeitamente humor e tensão em determinadas cenas, O Circo provoca o riso nervoso do espectador em momentos como o que Carlitos fica preso em uma jaula junto a um leão - e interessante perceber, tirando essa cena como um exemplo, o quanto os desenhos animados se inspiraram nessas gags que um dia já soaram criativas. Sempre unindo a comédia com um certo sentimentalismo, Chaplin não esquece de desenvolver seu protagonista a cada boa oportunidade, apresentando sempre uma nova faceta deste, fato que acaba por evitar que muitas das gags soem gratuitas além de dar complexidade ao personagem - assim, no início do filme, presenciamos um ato não tão honesto de Carlitos quando este decide ficar com uma carteira que não é sua, para então, ao final do longa, assistirmos o personagem abdicar de sua própria paixão em prol do bem estar da pessoa amada .
Mas além de um bom roteirista, Chaplin é um ator fenomenal que possui um timing cômico invejável e consegue se expressar de forma quase perfeita e exata. Particularmente, considero um dos momentos mais inesquecíveis a seqüência em que Carlitos substitui um equilibrista e atravessa uma corda no alto do picadeiro, seqüência esta que foi capaz de cumprir a missão impossível de me fazer gargalhar (não apenas rir) assistindo a um filme de comédia. O Circo pode até não ser o melhor dos filmes de Chales Chaplin, nem comover como Luzes da Cidade, nem trazer consigo uma crítica social como em Tempos Modernos, mas, com certeza, é o mais engraçado.
Cotação: Ótimo
Mesmo que conte com uma história simples e sem a presença de subtramas, o que não é estranho aos longas escritos por Chaplin, a história oferece as circunstâncias necessárias para o desenvolvimento de situações cômicas típicas de um pastelão. O roteiro, portanto, está repleto de gags hilárias muito bem construídas e, posteriormente, bem executadas e encenadas, tudo graças ao talento de Chaplin nos respectivos três momentos da produção do longa: logo, momentos como aquele em que Carlitos foge da polícia ou a seqüência final no picadeiro com os macaquinhos são exploradas comicamente ao limite - esta última sendo o auge e clímax do filme, e o ponto alto da atuação de Chales.
Casando perfeitamente humor e tensão em determinadas cenas, O Circo provoca o riso nervoso do espectador em momentos como o que Carlitos fica preso em uma jaula junto a um leão - e interessante perceber, tirando essa cena como um exemplo, o quanto os desenhos animados se inspiraram nessas gags que um dia já soaram criativas. Sempre unindo a comédia com um certo sentimentalismo, Chaplin não esquece de desenvolver seu protagonista a cada boa oportunidade, apresentando sempre uma nova faceta deste, fato que acaba por evitar que muitas das gags soem gratuitas além de dar complexidade ao personagem - assim, no início do filme, presenciamos um ato não tão honesto de Carlitos quando este decide ficar com uma carteira que não é sua, para então, ao final do longa, assistirmos o personagem abdicar de sua própria paixão em prol do bem estar da pessoa amada .
Mas além de um bom roteirista, Chaplin é um ator fenomenal que possui um timing cômico invejável e consegue se expressar de forma quase perfeita e exata. Particularmente, considero um dos momentos mais inesquecíveis a seqüência em que Carlitos substitui um equilibrista e atravessa uma corda no alto do picadeiro, seqüência esta que foi capaz de cumprir a missão impossível de me fazer gargalhar (não apenas rir) assistindo a um filme de comédia. O Circo pode até não ser o melhor dos filmes de Chales Chaplin, nem comover como Luzes da Cidade, nem trazer consigo uma crítica social como em Tempos Modernos, mas, com certeza, é o mais engraçado.
Cotação: Ótimo
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