Agenda: Estreias 22 de julho

Assalto ao Banco Central (Marcos Paulo, BRA, 2011) - Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois? Estreia: 22 de julho

Lola (Brillante Mendoza, FIL, 2009) - Duas mulheres idosas enfrentam as consequências de um crime que envolve seus respectivos netos. Um é a vítima, o outro é o suspeito. Estreia: 22 de julho (O filme foi exibido na semana passada no Festival Lume de Cinema, em São Luís)

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Festival de Brasília: Selecionados para as Mostras competitivas

O 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro anunciou desde o dia 15 deste mês os filmes que participam das mostras competitivas este ano. Com abertura no dia 26 de setembro e indo até o dia 3 de outubro, o festival passou por algumas reformulações depois da última edição e desta vez a seleção dos filmes participante não mais utiliza critérios como ineditismo ou separação das produções por bitola, optando pela tríade de categoria: longa-metragem, curta-metragem e curta-metragem de animação. Na semana retrasada, as comissões de seleção julgaram um total de mais de 624 filmes inscritos.

Segue a lista dos filmes competidores:

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Vídeo: Doodlebug - O primeiro filme de Christopher Nolan

Eis o primeiro filme curta-metragem do cineasta hollywoodiano Christopher Nolan, diretor de Amnésia, A Origem e da atual franquia sobre o Batman.

Fragmentos: A Marca da Maldade (1958)

O fragmento de filme  a ser observado desta vez (vídeo no final do texto) trata-se de um dos mais famosos e engenhosos planos-sequência da história do cinema, extraído do magnífico noir A Marca da Maldade, de Orson Welles - do qual prefiro chama de Touch of Evel por seu título original fazer mais jus ao complexo personagem Hank Quilan. No filme, acompanhamos o conflito ético profissional entre Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos EUA com o México, e Quilan, um detetive de preceitos morais bem particulares. A complexa trama tem início com um assassinato na fronteira entre os dois países, o que leva às investigações por profissionais de ambos os lados da fronteira. Enquanto Ramon tenta dar os primeiros passos na busca pelo autor do assassinato e presencia os comportamentos que indicam suspeitas condutas de Quilan, sua recém-esposa Susan Vargas (Janet Leigh) é interceptada por bandidos de uma quadrilha local em retaliação à recente prisão do líder do bando executada pelo chefe de polícia mexicano.

Abrindo o filme de maneira grandiosa e impactante, a sequência em questão mostra como ocorre o assassinato ao registrar o momento em que uma bomba é colocada em um carro estacionado em um determinado local da pequena cidade fronteiriça e o percurso vagaroso e tenso do automóvel, passando por ruas movimentadas como se fosse um presságio ruim de morte,  até o outro lado da fronteira, onde finalmente explode. O preciso plano-sequencia tem como a mais óbvia função, dentre tantas outras, expor com clareza geográfica como ocorre o assassinato ao registrar ininterruptamente o percurso da bomba implantada no porta-malas do carro que é conduzido por seus ingênuos passageiros até o outro lado da fronteira, os EUA. Não se esquecendo do realismo que, em geral, planos dessa natureza empregam, se analisarmos bem podemos perceber também que a atenção da câmera ao carro gera um crescente de tensão por conta do contraponto entre a urgência provocada pela nossa consciência a respeito do artefato explosivo e a impressão de lentidão e de imobilidade ocasionados pela não variação do ponto de vista, ou seja, a limitação do nosso olhar àquele único plano que, mesmo se movendo para as laterais ou tomando ângulos altos, está longe de reproduzir a mesmo urgência e velocidade que um corte de um plano para outro consegue imprimir.

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Festival: Premiação Festival Paulínia de Cinema 2011

O grande vencedor do Festival Paulínia de Cinema deste ano foi o filme Febre do Rato, do cineasta Claudio Assis, o mesmo dos ótimos Amarelo Manga e Baixio das Bestas. A película recebeu oito prêmios, entre eles, o de Melhor Filme de Ficção (prêmio de R$ 250 mil), Melhor Ator para Irandhyr Santos (R$ 30 mil), Melhor Atriz para Nanda Costa (R$ 30 mil) e Melhor Longa de Ficção para o júri da crítica. Já o prêmio de Melhor Diretor de Ficção (R$ 35 mil) foi entregue para o ator e diretor Selton Mello, pelo filme O Palhaço, sendo esta a segunda vez que o cineasta recebe o troféu nesta categoria do Festival que, em 2008, foi pela primeira vez reconhecido por seu Feliz Natal. O longa obteve um total de quatro prêmios.

O melhor documentário este ano foi o de Vladimir Carvalho, Rock Brasília - Era do Ouro, enquanto que, para o júri popular, o melhor foi o doc A Margem do Xingu – Vozes Não Consideradas, de Damià Puig. Onde Está a Felicidade?, de Carlos Alberto Riccelli, foi o prestigiado da categoria Melhor Filme de Ficção para o mesmo júri.

Abaixo, você pode conferir a lista completa dos vencedores:

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Agenda: Estreias 15 de julho e Festivais

Filho de João, o Admirável Mundo Novo Baiano (Henrique Dantas, BRA, 2009) - Documentário que faz um panorama da música popular brasileira dos anos 60 e 70 através do grupo musical Novos Baianos. Estreia: 15 de julho (Como São Luís está longe de fazer parte do circuito de filmes nacionais de baixo orçamento, o jeito será recorrer ao download!)

Loup: Uma Amizade para Sempre (Nicolas Vanier, FRA, 2009) - Sergei faz parte dos Évènes, um povo nõmade que cria renas e vive nas montanhas da Sibéria Oriental. Ao completar 16 anos ele é nomeado guardião do grande rebanho de renas do clã de Batagai. Sergei aprendeu a caçar e matar lobos sem sentir qualquer pesar, mas a situação muda ao encontrar uma loba e seus filhotes. Estreia: 15 de julho

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 (David Yates, EUA/ING, 2011) - No desfecho épico da saga de Harry Potter, a batalha entre as forças do bem e do mal da magia alcança o mundo dos trouxas. O risco nunca foi tão grande e ninguém está seguro. Mas é Harry o escolhido para o sacrifício final no clímax do confronto com Lord Voldemort. Estreia: 15 de julho (Ansioso pelo fim, confesso!)

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I Festival Lume de Cinema - Uma extensão do 3º Festival Internacional de Cinema do Maranhão que a Lume Filmes criou em meados da década passada, o evento mostrará em diversos espaços da cidade, entre 14 e 23 de julho, uma gama de filmes, entre longas e curtas, participantes das mostras oficiais e paralelas, além de shows, lançamentos de livros, palestras, workshops e debates. Abertura: 14 de julho

6º Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo 2011 - A Fundação memorial da América Latina temapresentar a sexta edição do festival. São mais de cem filme em mostras contemporâneas e especiais - exibidos gratuitamente -  a partir do dia 12 de julho até o dia 17. Uma das novas atrações é a sessão Soy Loca por tí America, que será permanente, dedicada às películas que abordam a diversidade sexual e os novos formatos de família. Abertura: 11 de julho (Esse, particularmente, gostaria de prestigiar, visto que a programação está muito boa)

Imagem: John "Edgar Allan Poe" Cusack

Imagens de Jonh Cusack como Edgar Allan Poe no longa-metragem The Raven (O Corvo), que narra os últimos dias de vida do escritor estadunidense, quando este se vê envolvido em uma investigação policial sobre o caso de um serial killer que sequestrou sua noiva e matava suas vítima segundo as obras do autor. Edgar Allan Poe foi um dos maiores nomes da literatura inglesa e o autor de obras marcadas por tons sombrios e sobrenaturais. O filme é dirigido por James McTeigue (V de Vingança) e tem previsão de lançamento para este ano.

No post anterior, fiz um breve comentário sobre o filme da década de 20 adaptado da obra "A Queda da Casa Usher" (La Chute de la Maison Usher, 1928).

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